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segunda-feira, 22 de outubro de 2012

MARIA MAE DE JESUS

 Os evangélicos não se sentem muito à vontade para falar de Maria, a mãe de Jesus,
Os evangélicos não se sentem muito à vontade para falar de Maria, a mãe de Jesus, pelo fato de algumas pessoas devotarem a ela uma adoração antibíblica, e elevarem-na ao nível de co-redentora ao lado de Jesus – nosso único e suficiente Salvador.
Mas, esse sentimento – diria mesmo, esse justificado temor – não nos impede de olhar maravilhados, com respeito e admiração, tentando descobrir os motivos que teriam levado Deus a escolher Maria para a missão de trazer Jesus ao mundo; e, ainda mais, de encarregá-la da tarefa de criar e educar o menino Jesus. Observemos que Deus não delegou a uma comissão de reputados professores ou aos mais respeitados sábios e anciãos da época, essa tarefa. Mas, delegou-a à própria Maria, jovem, quase uma adolescente e uma pessoa simples.
Realmente, Maria constitui-se numa incógnita para nós. Observese que a palavra incógnita significa, em Matemática, grandeza a ser determinada. É o que a mãe de Jesus representa para a nossa inteligência, uma incógnita a ser resolvida a fim de determinarmos a sua “grandeza”, a qual costuma ir além de nosso conhecimento. Palavras inefáveis foram dirigidas a ela pelo anjo Gabriel: Salve, agraciada; o Senhor é contigo: bendita és tu entre as mulheres (Lc 1.28). E, mais adiante: Maria, não temas, porque achaste graça diante de Deus (v. 30). Que mulher foi essa, digna de receber tamanha honra por parte de Deus, a ponto de ser agraciada como mãe do Salvador? Quais seriam as qualidades inerentes à sua personalidade? Não precisamos nem pensar duas vezes para detectar a primeira delas: a pureza de coração; porque tal como Jesus escreveria, mais tarde: Bem-aventurados os limpos de coração; porque eles verão a Deus (Mt 5.8). Conseguimos entrever, nos relatos do evangelho de Lucas, algumas de suas qualidades como a coragem, pela reação destemida que demonstrou diante do anjo, no anúncio do nascimento de Jesus. Ainda que tenha se assustado, Maria, sem titubear, aceita o que foi determinado por Deus para sua vida, dando mostras de grande coragem e lucidez: Eis aqui a serva do Senhor; cumpra-se em mim segundo a tua palavra (v. 38). Palavras que mostram Maria humildemente, colocando-se no lugar de serva – a quem não compete discutir ou desobedecer a vontade divina – e aceitando a missão que lhe fora confiada. Deparamo-nos, na seqüência da mesma cena, com as principais características de sua personalidade, além da coragem e da obediência a Deus: lucidez mental, humildade e outra, importantíssima, a capacidade de agradecer. Desta última, dá exemplo em seu cântico, ao dizer: A minha alma engrandece ao Senhor, e o meu espírito se alegra em Deus meu Salvador (vv.46 e 47).
Sua atitude impecável, ao aceitar de imediato a missão que lhe fora confiada e levantar a voz aos céus para agradecer por ela, é digna de admiração e serve de exemplo para a vida de todo cristão. Segundo relatos bíblicos, essa atitude não é a que tiveram alguns servos de Deus quando foram chamados para servi-lo ou receberam algum anúncio inusitado da parte do Senhor. O caso de Zacarias – sacerdote do Senhor – ilustra bem isso; ele duvidou, quando o anjo avisou-o sobre o nascimento de João Batista, porque Isabel, sua mulher, era estéril e ambos já idosos (Lc 1.18). Jonas, por sua vez, recalcitrou contra o mandado que lhe fora dado para levar a Palavra aos ninivitas e, somente depois de ter passado três dias no ventre de um peixe, foi que resolveu atender ao mandado de Deus e seguir para a cidade de Nínive, a fim de cumprir sua missão (Jn 2.10; 3.3). Maria, ao contrário, foi rápida em atender à voz do Senhor e em agradecer-lhe por tê-la escolhido.
Paciência Não podemos esquecer de acrescentar, à lista das grandes qualidades de Maria, a paciência, a delicadeza e o domínio próprio. Na infância de Jesus, Maria deu uma grande demonstração de paciência por ocasião do desaparecimento do menino, quando afamília voltava da festa da Páscoa, em Jerusalém. Pensando que ele voltava em companhia dos parentes e amigos, os pais não se preocuparam com sua ausência. Como demorassem a vê-lo, foram procurá-lo e, tendo a busca pelos arredores se mostrado infrutífera, voltaram para Jerusalém à sua procura. Note-se que,foram procurá-lo e, tendo a busca pelos arredores se mostrado infrutífera, voltaram para Jerusalém à sua procura. Note-se que,
Rachel WinterJornalista


naquele tempo, o meio de transporte mais usado era o jumento; fora isso, não restava alternativa, senão andar a pé. José e Maria, após três dias de viagem, certamente, usando esse precário meio de transporte, encontraram Jesus no templo, em debate com os doutores, que se admiravam de sua inteligência. Maria, apenas perguntou-lhe: Filho, por que fizeste assim para conosco? Eis que teu pai e eu, ansiosos, te procurávamos (Lc 2.47b).
Como será que outras mães reagiriam diante de uma situação como essa? Certamente, muitas se descontrolariam e chegariam a agredir a criança com palavras ou até mesmo fisicamente – atitudes, sem dúvida, condenáveis. Mas, Maria possuía domínio próprio e, certamente, sabia dialogar com Jesus (hábito saudável que os pais precisam cultivar para bem educar os filhos). Não era soberba a ponto de clamar por vingança diante de qualquer falta alheia, de que pudesse se ressentir o seu amor próprio – quanto mais se cometida por uma criança.
O lugar de Maria Não restem dúvidas, porém, sobre a questão óbvia de não podermos vê-la como co-redentora ao lado de Cristo. Ela mesma nunca pediu que a víssemos assim e, muito menos, que fosse adorada. Por ocasião do primeiro milagre de Jesus, quando da transformação da água em vinho, ela pronunciou palavras de significado imperecível: Fazei tudo o que Ele mandar (Jo 2:5). Se algumas pessoas estão levando a sério tais palavras, ou não, é outra questão... Como mãe terrena de Jesus, o seu modo de agir e de se comportar deve servir-nos de exemplo. Ela amava verdadeiramente seu Filho. Como a maioria das mães, certamente, amam os seus próprios filhos. Pode-se avaliar o amor de mãe pela maneira como ela trata o filho. Assim, podemos avaliar o amor de Maria: ela nunca esteve ausente nos momentos cruciais da trajetória de Jesus. Mas, também, no cotidiano, ao que tudo indica, não o largava de vista enquanto Ele permaneceu em seu lar. Hoje, seu comportamento pode ser comparado ao de uma supermãe – no bom sentido da palavra (Aquela que está sempre ligada aos interesses e necessidades dos filhos, pronta a ajudá-los). Não aquela mãe que sufoca o filho com incessantes recomendações, não dando tempo para que ele assimile os seus ensinamentos e despejando sobre ele uma enxurrada de conselhos em borbotões de palavras. Ou aquela mãe irada, que se mantém na defensiva pronta para agredir o filho diante da menor falta que cometa. Maria era equilibrada, tanto que são poucas as suas palavras registradas na Bíblia. Mas, certamente não incorria num outro erro comum de algumas mães, o da omissão. Permaneceu firme ao lado do filho até que Ele deu início ao seu ministério terreno – por ocasião das bodas de Caná da Galiléia (João 2.1-11), quando realizou seu primeiro milagre ao transformar água em vinho. O episódio dá exemplo de como Maria vivia atenta – “ligada”, como se diz na gíria – aos interesses da vida de Jesus. Na ocasião, ao constatar que o vinho servido na festa acabara, Maria comunica o fato a Jesus e Ele lhe responde de modo significativo: Mulher que tenho eu contigo?. Seria o mesmo que dizer: “aqui, nossos caminhos se separam”. Jesus Cristo chegara à maioridade espiritual e passaria a caminhar como o Filho de Deus. Mesmo proibindo os discípulos de identificá-lo desse modo, os seus milagres e curas de doenças falavam mais alto e apontavam para a Sua filiação divina.
Junto à Cruz Novamente, Maria se encontra ao lado do filho. E a Bíblia relata com singeleza: ...junto à cruz de Jesus estava sua mãe (João 19.25). Momento profetizado, na infância de Jesus, por Simeão, quando afirmou que uma espada traspassaria a alma de Maria (Lc 2.35). Junto à cruz, Maria vê o sangue do filho escorrendo e lavando a terra. Ela que se desvelara para protegê-lo quando criança, cuidando para que não se ferisse nem se machucasse, via-o agora, irreconhecível, com o semblante desfigurado pelas torturas sofridas a caminho do Calvário. Jesus agonizava na cruz. Maria agonizava na alma. Antes, porém, de expirar e vendo ali sua mãe, e que o discípulo a quem ele amava estava presente, disse a sua mãe: Mulher, eis aí o teu filho. Depois disse ao discípulo: Eis aí tua mãe. E desde àquela hora o discípulo a recebeu em sua casa (vv. 26 e 27). Jesus não a deixou desamparada e provou, com esse gesto, o seu amor por ela. Contudo, deixou claro que a missão de Maria havia se completado, ao afirmar: Mulher, eis aí teu filho... Os laços de parentesco terreno passam a ser coisa do passado. Cristo teria, finalmente, a sua verdadeira identidade revelada como Filho de Deus; ainda que, durante seu ministério terreno, houvesse proibido os discípulos de identificá-lo como tal, a realização de milagres, curas de doenças e enfermidades e de libertação dos oprimidos clamavam bem alto, identificando-O como o Cristo, o Filho de Deus. Mas, é a partir da cruz e da ressurreição que tudo é, verdadeiramente, confirmado e revelado. Quanto à Maria será para sempre conhecida como a “bemaventurada” dentre as mulheres, a que cumpriu vitoriosamente a missão que do Alto lhe foi confiada. Assim, possamos todas nós, como mães, cumprir a nossa missão com sucesso e, nos momentos de dificuldade na educação dos filhos, inspirar-nos na paciência, humildade e sabedoria de Maria. Amém.

fonte=Posted by pr paulo
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